Logo na compra do terreno, é necessário um solicitador ou um notário para a escritura de transmissão do bem, pagamento do IMT e imposto de selo.
De seguida, entra um topógrafo, um gabinete de engenharia/arquitectura e findo a elaboração do projecto, ao entrar nas Câmaras Municipais para aprovação, já tem custos iniciais, e outros bem maiores, como o levantamento de licença para autorizar a construção.
Dependendo da volumetria da obra, demora mais ou menos tempo a sua conclusão. Aí o factor tempo também vai gerar mais ou menos riqueza na zona da obra, porque ao movimentar as pessoas que estão a fazer a obra e os seus fornecedores, estas consomem mantimentos, usufruem de lazer, pagam arrendamentos de alojamento, dinamizando muitas vezes negócios e espaços, que anteriormente estavam adormecidos ou com pouco movimento.
Uma vez construído o imóvel é necessário a elaboração da propriedade horizontal, caso seja um prédio por fracções, o seu registo na Conservatória do Registo Predial, e na Câmara Municipal, a licença de utilização.
Começa então a promoção da venda das fracções.
As empresas de mediação imobiliária são o factor chave do sucesso da venda de qualquer imóvel.
As imobiliárias que estiverem a promover a venda do imóvel, também movimentam os seus recursos físicos, económicos e humanos, gerando também riqueza para o seu pessoal, mas também são uma ajuda ao proprietário da obra, que doutra forma não teria tantos meios, que facilitam a venda mais rápida do seu produto.
As imobiliárias, dependendo da idade da sua constituição, têm mais ou menos contactos de clientes a quem o produto pode ser apresentado, mas também têm mais capacidade e conhecimento para fazer a venda do seu imóvel actual, para que o comprador possa vender rapidamente e desta forma comprar uma casa nova.
Na Figueira da Foz há algumas imobiliárias com mais de 25 anos, que devido aos seus anos de actividade, têm uma forte relação com a comunidade emigrante portuguesa.
Na Figueira da Foz os emigrantes adquirem muitos apartamentos e moradias para rentabilizar no mercado de arrendamento, enquanto não podem vir viver para Portugal. Alguns compram lojas, principalmente na Avenida Marginal, centro de Buarcos Lavos e Gala, já a pensarem no regresso e terem nessa altura espaço para criarem os seus negócios.
As imobiliárias promovem e aceleram a venda dos imóveis, porque para além de terem um grande leque de contactos, ajudam os seus clientes no tratamento de toda a burocracia necessária à aquisição de uma casa, tais como no processo de crédito à habitação (se necessário), escrituras, registo na Conservatória e Finanças, seguros, requisição de água, electricidade e gás. Em suma, todo o apoio que os clientes possam vir a solicitar.
Se com as mobílias, muitas vezes se adaptam as da casa antiga, no que diz respeito aos cortinados e outros acessórios, nem sempre é possível esse aproveitamento.
Na maioria das vezes, cortinados, carpetes, candeeiros e pequenos electrodomésticos, terão de ser novos.
Há também compradores que usam a máxima “casa nova, tudo novo” e aí os gastos serão mais elevados, e mais abrangentes as empresas contempladas com essas compras.
Uma vez instalados os novos proprietários, substituem com francos ganhos, as pessoas que entretanto abandonaram a construção da obra, na dinamização dos serviços, equipamentos e comércio local.
Amiúde, onde nasce construção nova, ou reabilitação de imóveis, a zona torna-se mais rica economicamente e mais dinâmica em termos sociais, alavancando toda a vivência e economia local.
Em conclusão, o sector imobiliário movimenta, muitas pessoas e recursos e por isso é um sector gerador de riqueza por natureza.